Revisitar a memória, através da discussão do Patrimônio Moderno e também colocar a prova nossas memórias recentes, nossos valores de ontem e de hoje, nossos rumos. É também, revisitar processos de modernização de uma cidade inseridos numa dada ideia de modernidade, que deveriam, por fim, fazer-nos modernos. Esse passado revisitado refere-se a uma produção de arquitetura após II GM (1945) e pode ser analisada até o final da década de 1960 (marcada pelo Golpe Militar), essas duas pontas sinalizam respectivamente um momento de forte valorização e reconhecimento de nossa arquitetura no cenário internacional, o que legitima a cena local, e a censura à cultura que também terá reflexos na arquitetura.
O contato com a cultura e a arquitetura da cidade de Aracaju apontou para similaridades quanto a processos de modernização e a constituição de uma Arquitetura Moderna em Aracaju que reafirma a compreensão de que o fenômeno da difusão da arquitetura moderna no Brasil deve e merece ser melhor compreendido como um processo em escala nacional. Nesse sentido, este projeto de pesquisa revisita fontes primárias (Arquivo Público de Aracaju) para melhor definir e compreender fatos, acontecimentos, atores e obras que marcam a difusão da Arquitetura Moderna no Brasil, à medida que também investiga métodos para o registro digital dessa produção através do uso da tecnologia BIM.